“A edição da prosa ricardiana suscita, pois, inúmeras dúvidas e muitos desafios. É uma tentativa de tornar conhecido um material que os menos iniciados na obra pessoana desconhecem e mesmo os mais iniciados na obra pessoana tendem a esquecer. Ricardo Reis é, sobretudo, um poeta, mas a verdade é que Pessoa o quis também prosador, sem lhe definir rigorosamente o ‘corpus’, mas deixando estimulantes pistas de investigação. Os textos e projectos apresentados em apêndice visam, precisamente, enquadrar esta faceta sobre a qual paira ainda algum mistério”, escreve Manuela Parreira da Silva, na sua introdução à obra de Ricardo Reis, da qual é também a editora. Este médico-poeta revela-se aqui como autor de prosa, assumindo a responsabilidade de dar a conhecer a obra do Mestre Caeiro, de forma preciosa para a compreensão da obra do “Grande Pã”. Reis propõe-se a “ir muito mais além da obra, cobrir um grande terreno; porque ao apresentar uma obra importantíssima, por ser a reconstrução do paganismo, é evidente que é mister ir traçar um retrato do paganismo(...).” Uma obra marcante, que com certeza contribuirá para aumentar o conhecimento da obra pessoana.
Ficha técnica
Editorial: Assirio & Alvim
ISBN: 9789723708431
Idioma: Castellano
Número de páginas: 323
Tiempo de lectura:
7h 41m
Encuadernación: Tapa blanda
Fecha de lanzamiento: 04/02/2004
Año de edición: 2003
Plaza de edición: Porto
Especificaciones del producto
Escrito por Fernando Pessoa
Fernando Pessoa (Lisboa, Portugal, 1888-1935), escritor, crítico, dramaturgo, ensayista, traductor, editor y filósofo, fue una de las figuras literarias más importantes y complejas del siglo xx y uno de los grandes poetas en lengua portuguesa. Director y colaborador de varias revistas literarias, se ganó la vida como redactor de correspondencia extranjera para empresas comerciales, traductor y vendedor de horóscopos. Escribió en inglés (vivió en Suráfrica en sus años mozos) una parte de su obra, que se desplaza magistralmente de la vanguardia al clasicismo. Desdeñoso de la fama, propuso siempre lo que él llamó una “estética de la abdicación”, en la que incluía no sólo “la posibilidad de bienestar material” sino todo el sistema de relaciones humanas, desde el amor a la amistad, convencido de que el hecho divino de existir no debe asimilarse al hecho satánico de coexistir.