O autor: Ubirat nasceu em Salvador BA, no ano de 1974. Aos 21 anos de idade, deixou a sua amada terra, seu reduto e seus amigos e parentes, e partiu para Minas Gerais, onde concluiu esta obra que começou e praticamente terminou aos 16 anos de idade. Uma obra linda, que brotou ao som de Janis Joplin e Angela Ro Ro, que ele ouvia em uma fita K7. Muitas linhas foram escritas as margens da praia de Ondina, em dias de muita chuva, em que ele se inspirava numa das maiores obras da natureza terrestre, o mar, ao mesmo tempo que encontrava paz, na ausencia de pessoas naqueles momentos. De acordo com ele mesmo, todos os personagens deste livro, carrega algo de sua natureza e emoço. As decepçes narradas, foram escritas como ficço, mas foram reais. No diretamente como narrado, pois os motivos foram outros, mas a dor da personagem e a dele. Parece dificil acreditar que alguem com 16 anos de idade ja tenha experiencia o suficiente para escrever um livro to complexo como este. Com uma pureza monstruosamente pesada, explicita; violenta; sensivelmente marcante. Este e o tipo de livro que costumo aconselhar a no ser lido por ninguem. Ele e perturbador, questionador... tentador. Entre momentos de tristezas, choros, teso e ate mesmo uma pitada bem pequena de humor, voce com certeza, se identificara com umas das mil faces apresentadas nestas linhas discretas e no academicas que como um virus, possuira sua vida e mexera com sua consciencia. "Acredite, isso pode ser o seu veneno, mas voce so sabera se o provar. " (Raul Seixas). Ubirat Pinto Leia um trecho: Eu sorri carinhosamente e a abracei; choramos juntas e eu a agradeci por tudo e disse que eu queria saber mais sobre as coisas ao redor de mim; desgarramo-nos do abraço e foi inevitavel no observar os contornos dos seus seios, ela parecia excitada o que me excitou repentinamente e me veio a cabeça a noite anterior e pensei em ir para meu quarto, mas, fui interrompida por Thais que se pos a acariciar meu rosto e com as pontas das unhas arranhava levemente meu pescoço; meu pensamento era de dar-lhe um soco, xinga-la, correr, mas pra ser sincera eu estava disposta a saber mais sobre o que era aquilo e me entreguei ao momento quando as mos dela tocaram meus seios e nossos labios se tocaram. (A vida e mesmo uma metamorfose ambulante; uma noite antes para mim no havia prazer maior que me tocar; na noite seguinte eu queria fazer amor com a natureza e horas depois eu estava sentido labios quentes correrem por todo o meu corpo, ate mesmo nas regies mais baixas e intimas de uma mulher). No sei dizer o que eu senti, pois o sabor verdadeiro de algo que provamos no podera ser revelado a ninguem, mas se auto revelara a quem tambem prova-lo. E o que começamos na piscina terminou pela manh na cama e no quarto de Thais. Dormi por horas e quando acordei ja passavam das quatorze horas, ja era fim de tarde e a Thais estava sentada na cama me olhando; fiz uma fita de quem estava com vergonha e cobri a cabeça com o travesseiro: - Que loucura! Gritei e corri para o banheiro, mas deixei a porta aberta; claro, ela sabia o que significava e, num impeto entrou debaixo do chuveiro comigo; transamos como loucas ate no ter mais onde se embolar pelo banheiro e quarto, na cama, no cho, pelas paredes. Arranhamo-nos toda. Mordemo-nos e nos acariciamos. Por pouco eu no disse que a amava com todas as minhas forças, mas no disse e percebemos que ja era muito tarde e no tinhamos comido nada, a no ser uma a outra. Descemos para a cozinha e tomamos suco, comemos bolo, requentamos o almoço que fora posto e recolhido sem que ninguem o tivesse tocado. Comemos e fomos para a piscina sentar nas cadeiras, conversar sobre o que estava acontecendo:
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